Estado alcançou a menor taxa de desemprego da história e vê oportunidades crescerem na capital e no interior
Em Sergipe, a realidade de muitas famílias foi transformada pelo trabalho: mais gente está com carteira assinada e com renda garantida no fim do mês. O estado registrou a menor taxa de desemprego da história, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice caiu de 12% no final de 2022 para 8,1% no segundo trimestre de 2025. Isso significa que cada vez mais sergipanos estão deixando as estatísticas do desemprego para ocupar uma vaga no mercado formal de trabalho.
Essa conquista é resultado de políticas públicas voltadas para a geração de renda, como o Qualifica Sergipe, o GO Sergipe e o Programa Primeiro Emprego, que aproximam trabalhadores das oportunidades. Ao mesmo tempo, o Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI) e a Codise têm atraído novas empresas e indústrias, criando condições para a abertura de vagas em diferentes setores.
O comércio é um exemplo desse avanço. A Pesquisa Anual de Comércio (PAC), do IBGE, mostrou que 77,3 mil pessoas estavam empregadas formalmente em 2023, maior número desde 2007. O setor movimentou R$ 39,1 bilhões em receita bruta, reforçando o peso da economia sergipana. Na prática, isso significa mais trabalhadores com carteira assinada e mais dinheiro circulando no estado.
Mudança real
Na capital, os supermercados têm puxado a geração de empregos. Com a abertura de novas lojas, centenas de pessoas conseguiram trabalho sem precisar sair de Aracaju. A atendente Maria das Dores, de 32 anos, foi uma delas: “Eu estava há quase dois anos sem emprego fixo. Quando entrei aqui, minha vida mudou. Hoje, tenho estabilidade e posso cuidar melhor da minha filha”. Outro contratado, o operador de caixa Diego Santos, 24 anos, relata que, pela primeira vez, conseguiu trabalho de carteira. “Dá esperança de crescer dentro da empresa e ter um futuro melhor”, expressa.
O interior também sente os efeitos desse cenário positivo. Em Nossa Senhora Aparecida, a instalação da fábrica da Di Valentini, inaugurada em agosto, abriu 154 vagas diretas, com previsão de chegar a 194. O investimento de R$ 4,2 milhões só foi possível pelo apoio do PSDI, mostrando que os benefícios não se concentram apenas na capital, mas alcançam também as cidades de todas as regiões.
Essas oportunidades já mudam a vida de famílias inteiras. A operária Edimeire da Silva, 39 anos, que ficou um ano desempregada, conseguiu um novo recomeço na fábrica. “Foi um alívio enorme. Agora consigo sustentar meus filhos com dignidade”. Já a jovem Maiara Lima Barros, 27 anos, destaca a importância da indústria em sua cidade: “Se não fosse essa oportunidade, muita gente teria que sair de Aparecida para procurar trabalho fora. Agora o dinheiro fica aqui, e todo mundo se beneficia”, avalia.