No município de Lagarto, terra historicamente marcada pela intensa polarização entre os grupos Bole-Bole e Saramandaia, representados pelas tradicionais famílias Monteiro, Reis e Ribeiro, as eleições sempre envolvem a atuação decisiva de “fiéis da balança” que, ao declararem apoio a um dos lados, podem definir o rumo da disputa.
Em 2024, uma corrida que começou indefinida ganhou contornos mais claros à medida que cada uma dessas figuras definiu suas alianças. No entanto, o peso de um deles se destacou mais e foi determinante para garantir a vitória de seu apoiado.
Esse foi o caso do comunicador e empresário Anderson Rosa, conhecido por sua grande assertividade nas eleições — sem errar um resultado desde seus 17 anos —, que apostou na vitória de Sérgio (PSD). Sua escolha, respaldada por números e pelo clamor popular nas ruas, onde ecoa um alto grito por justiça a Valmir Monteiro (in memoriam), consolidou a vitória do pessedista, que foi confirmada nas urnas neste domingo, 6.
Do outro lado, o grupo Maratá, que em 2020 já havia apoiado o grupo de Gustinho Ribeiro (Republicanos), repetiu sua escolha neste pleito, apoiando Rafaela (Republicanos), mas sem sucesso, especialmente após a polêmica permuta envolvendo a prefeitura, que gerou forte rejeição entre os lagartenses devido à ameaça de perda de patrimônios públicos, e que o fez perder força em seu apoio.